por frolas » 26 nov 2009, 02:29
Em termos de ética e profissionalismo penso que é de opinião geral, mesmo pela entidade patronal, que um surdo é dedicado, prestável e atento naquilo que faz, mas até percebo que isso possa acontecer, porque têm possibilidade de se concentrar nos seus deveres e funções com maior facilidade, claro que há excepções.
Lembrei-me que conheço por exemplo casos de barbeiros, cabeleireiros e cabeleireiras surdos e surdas, há situações em que os clientes preferem o surdo pois não se distrai, faz o trabalho bem feito e o cliente fica contente, claro que não estou a dizer que a diferença é por um ser ouvinte e o outro ser surdo, apenas estou a valorizar o surdo pois também pode fazer um excelente trabalho, se houver alguma dificuldade será a nível de comunicação, apesar de ser facilmente ultrapassável, neste caso, tudo passa pela mímica e pela apresentação de fotografias ou catalogo para por exemplo o cliente indicar como pretende o cabelo. Há excelentes cabeleireiros com surdos. Num café / cervejaria, a mesma coisa, se necessário, um surdo pode ter facilidade em ler os lábios e compreender a informação.
Acho que a dificuldade maior prende-se ainda na forma como um ouvinte está preparado culturalmente em se confrontar com alguém que não ouve e está pronto para qualquer expressão, gesto, movimento, mensagem... e o ouvinte congela simplesmente porque o ouvinte fica estúpido sem saber o que fazer, quando simplesmente basta comunicar, há varias formas de o fazer.
frolas eduardo